É possível ficar ric@ com Yoga?

Bom, para responder essa pergunta primeiro é bom definir o que é ficar ric@. Num sentido superficial seria ter dinheiro, então uma resposta superficial seria “tal vez”. Num sentido um pouco mais meditado e profundo ser ric@ poderíamos dizer que é viver na abundância, e isso nos abre mais portas para conversa…

Essa semana estou tendo uma série de conversas pelo meu instagram live, todas elas com grandes amigas que eu admiro e considero sábias. A temática que escolhi foi “A Psicologia dos Chakras”, por um motivo muito simples: quase a metade do tempo que fui professor de Yoga senti resistência aos chakras, os achava um conceito esotérico demais, não foi senão até alguns anos atrás que, pesquisando, cheguei numa perspectiva revolucionária para mim e para todas as pessoas com as que a tenho compartilhado até hoje: os Chakras podem ser lidos como símbolos de diferentes complexos e arquétipos psicológicos; uma visão um pouco mais ocidental, um pouco mais tangível para nós, sobre um assunto que dá muita coisa para fala.

A contextualização foi para falar que em todas as lives até hoje tenho percebido uma constante nas conclusões às quais chegamos: na hora na qual mudamos o nossos sistema de crenças limitantes em relação a aspectos que tem a ver com a nossa auto-imagem nos tornamos sumamente ric@s e poderos@s. 

Mas não quero viajar nem filosofar demais. Vou te explicar de um jeito muito simples e concreto como eu vejo que isso funcionou para mim e para tod@s meus alun@s:

• Quando mexemos com o corpo -seja em posturas, respirações, relaxamentos guiados, meditações, mantras e tantas outras práticas- estamos mexendo com o sistema nervoso, né?
• Pelo geral, as práticas que realizamos ajudam a ativar o Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático, o qual acaba num melhor funcionamento do corpo e mudanças num nível químico, hormônios são equilibrados, e em geral o corpo atinge um maior equilíbrio.
  
• Isso, inevitavelmente, nos leva a espaços que reconhecemos como de calma profunda, nos quais o nosso cérebro tem a oportunidade de criar novas conexões neuronais e a nossa mente de refletir e ganhar em determinação para mudar hábitos nocivos.
• Finalmente, afinal de um período de prática regular estendido por um tempo, nós achamos mudando o nosso sistema de crenças limitantes e chegando a lugares que não imaginávamos ou atingindo logros antes impensados.

Não quero dizer com isso que o Yoga é a pílula mágica que vai mudar a sua vida, mas sim que é uma estratégia inteligente para propiciar um ambiente de mudança de hábitos…

Aqui entra o lance da riqueza. Durante as lives, falando, ouvindo e me falando, percebi que no último tempo um sistema de crenças tinha se transformado em mim. Eu, por muito tempo, não me achei valioso ou com coisas valiosas a compartilhar -peraí, não é desabafo-. Nesse último tempo tenho me exposto muito mais, compartilhado muito mais ainda do que nos meus últimos 10 anos como professor de Yoga e Meditação. E aonde cheguei com isso?

Percebi que quando me torno consciente do que a gente já tenho -seja muito ou pouco- me torno rico, não preciso ter mais, preciso só perceber o que já tenho. O foco na falta, durante anos, me fez pobre. E isso não valeu só pro dinheiro, valeu para a minha autoimagem, é muito fácil que uma pessoa que se sente feia fique procurando, almejando e desejando a beleza dos outros, mas na hora na qual ela se sente linda não perde a capacidade de apreciar a beleza dos outros mas perde a febrilidade por possuí-la, se torna rica.

O mesmo acontece com o empoderamento, em quando me tornei conscientes do que sou capaz -muito ou pouco depende do olhar, não dos fatos-, só vou em frente, me liberto do arquétipo da vítima e viro realmente fazedor, e isso no último tempo me trouxe uma liberdade inimaginada meses atrás.

Dou esses exemplos porque realmente acredito na capacidade da prática como ferramenta de transformação profunda. Não adianta ficar praticando Yoga achando que a gente faz só para alongar, isso na maioria das vezes é perder tempo. A gente pode ser muito mais ambicios@ na hora de entrar no tapete, isso não tem nada de errado.

Por isso decidi me abrir, por isso decidi apostar pelo fato de que tem pessoas querendo ir além dos asanas, que tem pessoas -e muitas- querendo vivenciar o Yoga de um jeito “artesanal”, demorado, profundo. 

Por isso abri até uma comunidade, chamada Comunidade Santosha, na qual me dedico a subir e dar aulas -online, gravadas e ao vivo- feitas com esse cuidado e essa diversidade de práticas, não só asanas (posturas). Tomara algum dia a gente se encontre por lá e com calma pratiquemos um pouco junt@s, para virar ric@s.