Vishuddha significa aquilo que é puro ou que tem o poder de purificar. Esse chakra, localizado na região do pescoço e que compreende garganta, cervicais, laterais do pescoço e, em algum sentido, ouvidos e audição, se caracteriza pela sua importância na comunicação e equilíbrio do externo/interno.
Nas lives e aulas do curso de Psicología, Simbologia e Prática dos Chakras da Comunidade Santosha, já destrinchamos a fundo os aspectos psicológicos e manifestações da energia nesse chakra, agora vamos entender como os antigos rishis desde a linhagem do Tantra Yoga manifestavam isso em Yantras, representações simbólico artísticas do Chakra.
O elemento predominante nesse chakra é o espaço, akash. O elemento mais puro de todos e condição de existência de todos os outros elementos. Também é considerado o elemento do qual surgem os outros, e o elemento no qual se manifesta a vibração ou o som desde o qual se pratica o mantra (a prática do Tantra Yoga acredita na conjunção de Yantra e Mantra), por isto é que o canto e os sons em geral podem ser considerados ferramentas de equilíbrio -ou desequilíbrio- deste chakra.
A forma que achamos nesse chakra é uma meia lua envolta por um círculo -representação do céu ou nabha mandala, o espaço vazio-. A lua como símbolo da purificação e da frescura, da energia emocional, da comunicação além das palavras, do aspecto místico. A lua muitas vezes é ubicada na garganta, como a parte do corpo que processa a leva os alimentos a temperaturas adequadas para serem digeridos e absorvidos.
Lua também como representação do Nada, o som mais puro, ou som cósmico.
Como portador da sílaba seminal, do som característico desse chakra -assunto que abordaremos no módulo de Nada Yoga do mês de Julho 2021 na Comunidade-, voltamos a achar um elefante. Como o mais primitivo dos animais, ele é dono da paciência e da memória, da autoconfiança e da sincronia com a natureza. A tromba do elefante representa o som, e o som particular do elefante é conectado à nota Ni -da escala musical indiana antiga, o nosso Do-, um som nasal relacionado ao estímulo do córtex cerebral.
A divindade associada ao Vishuddha Chakra é o Panchavakrta Shiva, uma mistura de todas as energias ou avatares de Shiva, agindo em diferentes direções e sob os diferentes elementos. Mais uma vez, o símbolo da meia lua aparece na sua garganta. As cinco cabeças são representações dos cinco elementos e os cinco sentidos que surgem a partir deles:
Cada um dos rostos de Shiva é uma representação da deidade: Aghora, Ishana, Tat Purusha, Vama Deva, Saddyojata; cada uma delas com uma simbologia particular.
À sua vez, ele possui 4 braços:
Esse Shiva é o grande mestre, no qual todos os elementos se conjugam e dissolvem, o mediador e conciliador dos conhecimentos. Equilibrar e dominar os elementos é uma condição necessária para gerar a consciência da não-dualidade necessária para acessar o Ajna Chakra e os Chakras Superiores.
A shakti desse chakra é Shakini: representante da pureza. Bela, encantadora e pacífica. As suas cinco cabeças representam mais uma vez os cinco sentidos, e os cinco chakras inferiores, em harmonia e paz. A Shakini doa os conhecimentos mais elevados e permite o acesso à intuição, provee a força para desenvolver siddhis -poderes-.
Shakini possui 4 braços que seguram:
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